O copo que não é de café

29/07/2019

Um copo na mesa
Ela engole o café e o choro
A mais comum quebra de sabor
Alguém bate à porta
O laconismo pra dizer
O mesmo lugar onde dói
Cansada, ela diz: você sabe
Fecha os olhos
Um pingo cai no café
Ela engole seco, respira
E finge que é apenas mais um dia
No fundo
Ela acha que aquilo é o fim
E o fim talvez seja só fim
Recomeço pra quem?
Talvez quem recomece é o poema
Um copo, uma poesia
Ela deixa de choro
Coloca pra fora quem entrou pela porta
Já não precisa mais dizer onde dói
Abre os olhos
Não tem mais café
Ela sai em busca do que precisa
Talvez não seja só
Café.

27/07/2019

Hoje, pela primeira vez em muito tempo, bateu aquela crise alérgica. Eu claramente não tô bem e não tô me cuidando.

Madrugada de domingo

26/07/2019

"Foi então que percebemos que não sabíamos quando íamos nos ver de novo. Acabava aqui. É engraçado. Em momentos assim, quando o que esta acontecendo é demais para se lidar, às vezes é melhor... não dizer nada, e apenas aproveitar o tempo que resta." - Ted Mosby

Sinceramente, não pensei que reabriria esse blog depois de pelo menos 3 anos sem publicar nada. É um choque até pra mim mesma, que volta e meia pensava em escrever algo, mas ficava em dúvida sobre o que falar, já que a vida ia por caminhos onde eu nunca havia percorrido e sinceramente, eu estava gostando. Rs.

É, eu estou perdida de novo. Nada muito novo, não? Pelo menos pra mim, que não planejou nada disso. Mas como a gente tá falando da vida, nada pode ser ensaiado, até porque perde a graça. E sim, eu estou enrolando pra contar o porquê de estar escrevendo tudo isso. Vou contar, calma... Escolher as palavras certas não é fácil. Diante dos acontecimentos recentes que eu ainda não falei, a semana tem sido difícil. Muito foi dado e pouco recebido. Olhando pra trás, é tudo muito diferente do que eu já vivi, afinal de contas, aqui era um lugar de fazer drama à toa, confesso. Não dava muito valor ao que tinha, aos sentimentos alheios e muito menos ao futuro.

Olhando assim, fico até feliz em sair desse conforto todo. Hora de trabalhar naquilo que eu nunca fiz comigo: pensar em mim mesma. É sério. Todos os meus planos sempre eram associados a alguém que não era eu e acredito que justamente por isso tudo tem dado errado. É interessante ver por esse ângulo porque anos atrás eu era apenas uma garota buscando meu lugar no mundo. Não que hoje eu tenha achado (rs).

Ok, vou contar. É que de alguma forma, eu notei que a perda se tornou banal na minha vida. Eu passo pelas coisas e penso: eu já sofri demais por esse tipo de coisa.

Cansei de escrever. Vou estudar.

And how can you wake up
With someone you don't love?
And not feel slightly fazed by it, oh, he had a struggle